Um estudo divulgado este domingo sobre «O Associativismo Juvenil e a Cidadania Política» revela que os jovens estão descontentes com a política e com o modo como a democracia funciona na sociedade portuguesa.
As conclusões do estudo elaborado pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa a pedido da Secretaria de Estado da Juventude, foi apresentado no âmbito das comemorações do Dia Nacional do Associativismo Juvenil, presididas pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias.
Segundo o documento da autoria de Pedro Ferreira e Pedro Silva, a análise realizada sobre atitudes face à democracia e à participação política e social dos jovens, «sublinha a presença de convicções democráticas bastante generalizadas na população, a par de um sentimento maioritário de descontentamento relativamente ao modo como a democracia funciona na sociedade portuguesa», revela a Lusa.
«A este descontentamento estará provavelmente associado não apenas a incapacidade da sociedade, que se acentuou com a desaceleração económica dos últimos anos, em sustentar e satisfazer as expectativas sociais e económicas dos sectores juvenis, mas também uma certa degradação das instituições democráticas que têm revelado alguma dificuldade em darem de si mesmas uma imagem mais transparente e credível», afirmam os autores.
Este trabalho resultou de entrevistas realizadas a mil jovens com idades entre os 15 e os 29 anos.
Segundo o secretário de Estado Laurentino Dias, o estudo surgiu «com o objectivo de diagnosticar os objectivos e as preocupações da juventude portuguesa e criar condições para uma melhor relação entre as políticas de juventude e os seus destinatários».
O governante adiantou ainda à Agência Lusa que o associativismo em Portugal se traduz na existência de 1.300 associações juvenis, 300 de estudantes e 35 de âmbito nacional.
As comemorações do Dia Nacional do Associativismo Juvenil ficaram ainda marcadas pela apresentação pública da Linha da Juventude -707203030 e pela inauguração de um Gabinete de Saúde e Sexualidade Juvenil.
A linha telefónica, segundo a presidente do IPJ, Maria Geraldes, é grat uita e resulta de uma parceria da Secretaria de Estado da Juventude com a FDTI - Fundação Para a Divulgação das Novas Tecnologias da Informação e a Movijovem. Através desta linha os jovens de qualquer ponto do país podem ter acess o a informações sobre programas e serviços, efectuar reservas nas Pousadas da Juventude, obter o Cartão Jovem, entre outros assuntos.
E Tu? Que pensas de tudo isto? Partilha connosco a tua opinião. Os políticos portugueses são ou não transparentes? O regime democrático é bem vivido em Portugal? Como encaras a actividade política?